Princípios Básicos da Fraternidade

GRUPO DE ESTUDOS E PRÁTICAS ESPIRITUAIS BASEADO NO ESOTERISMO, ONDE TODOS EM NOME DE DEUS, SÃO BEM VINDOS.

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São 12 apostilas (de janeiro a dezembro) contendo a prática do desenvolvimento da consciência, instruções e abordagens sobre as diversidades religiosas praticadas no Brasil.



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sábado, 23 de abril de 2011

MEDITANDO COM OS CARACTERES HEBRAICOS

Para acessar uma dessas chaves, basta clicar no botão "Meditar". Uma janela se abrirá, apresentando uma letra Hebraica e um texto composto por 8 versículos do Salmo 119. Este Salmo, denominado "As Oito Facetas", é composto por 22 estrofes de oito versos (versículos). Cada estrofe é precedida por uma letra do alfabeto hebraico, descrevendo o empenho por uma vida fiel e autêntica, de acordo com as verdades de Deus. Portanto, o Salmo 119 trata das 22 letras do alfabeto hebraico. Os antigos místicos hebreus diziam que o alfabeto hebraico compunha um código de comunicação usado pelos iniciados nos mistérios do templo, pois todas as letras hebraicas têm um valor externo e um valor secreto. Pronuncie a letra hebraica em voz alta e medite sobre o significado do texto. Que mensagem ele traz para você nesse momento ?

Depois de algum tempo praticando, as dúvidas e o pessimismo que usualmente ocupam a mente racional, serão substituídos pela certeza e pelo otimismo. Possibilitando o reencontro com a sua força interior, tornando-o mais proativo e menos reativo às circunstâncias externas, libertando sua verdadeira essência.

Shalom !!!


CABALA E NUMEROLOGIA

Cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico possui um valor numérico que varia de 1 a 400. O cálculo da equivalência numérica das letras, palavras e frases propicia a descoberta de inter-relações de diferentes conceitos e exploração de inter-relacionamento entre palavras e idéias. Para a Cabala, as equivalências numéricas não são coincidências. Desde que o mundo foi criado através da "palavra" divina, cada letra representa uma diferente força criativa. Portanto, a equivalência numérica de duas palavras revela uma conexão interna entre o potencial criativo de cada uma.

A "Gematria", ou "Numerologia Cabalística", consiste basicamente em tomar uma palavra hebreia, letra por letra e transformá-las em números, soma-se esses números e depois encontra-se outra palavra hebreia, cujas letras tenham uma soma igual, essa técnica ainda é utilizada para interpretar os textos sagrados e também para propor mudanças de nomes. Observe que na tabela abaixo, não existe nenhuma letra que corresponda ao número 9. Isto porque na tradição das Ordens Esotéricas mais secretas, o número 9 simboliza o "Nome Misterioso" do Poder Supremo de Deus, a "Palavra Perdida" dos Maçons e por essa razão não poderia ser representada por uma única letra do alfabeto.

OS SEFIROT

A Cabala trata dos nomes de Deus e da força inserida nas letras que o compõem. Seu objetivo é elevar o ser humano espiritualmente, para que este possa entrar em conexão com Deus, e para isso precisa vencer algumas etapas, os Sefirot, um diagrama que representa os atributos, as virtudes e qualidades divinas e que pode ser entendido como um canal para o divino.

De acordo com o "Sefer Yetzirah", do qual o termo foi originalmente tomado, Sefirot (plural de sefirá) significava números, porém com o gradual desenvolvimento da terminologia mística, passou a ser traduzido por "esferas" ou "regiões", simbolizando a emergência de poderes, virtudes e emanações divinas. Cada sefirá é um modo ou um poder específico através do qual Deus governa e sustenta o Universo. Ao conjunto de dez "sefirot" , dá-se o nome de "Árvore da Vida", também conhecida como "a árvore do conhecimento do bem e do mal", cujos "frutos" estavam proibidos para Adão e Eva no Paraíso, até que a "Serpente" os tentou.

A ÁRVORE DA VIDA

Esta árvore representa gráficamente, dez emanações da divindade, dez aspectos do universo manifestado e dez elementos da psicologia humana, constituindo a chave para decifrar os mistérios da Cabala.

As palavras em hebraico, significam : MALKUTH = Reino, YESOD = Fundamento, HOD = Glória, NETZACH = Vitória, TIPHARET = Beleza, GEBURAH = Julgamento, CHESED = Amor, BINAH = Inteligência, CHOKMAH = Sabedoria, KETHER = Coroa. Existe ainda mais uma sefirá, DAAT = Conhecimento, ausente na árvore da vida, normalmente representada por um círculo tracejado entre BINAH e CHOKMAH. DAAT é considerada uma sefirá imaginária, necessária para equilibrar BINAH e CHOKMAH.

OS CARACTERES HEBRAICOS

Uma característica única da Cabala é que ela não apenas nos dá a informação, em termos de auto-comhecimento, quais são nossas características internas, o porquê, e qual é a correção espiritual necessária, mas também nos dá as ferramentas com as quais podemos fazer tais correções.

Essas ferramentas tomam as formas das letras hebraicas que, não são apenas letras em uma linguagem. De acordo com a Cabalá, cada letra é na realidade uma entidade espiritual que teve participação na criação do Universo e dos planetas físicos. Cada planeta e cada signo estão associados a uma letra hebraica que os controlam.

Portanto, a cada mês, temos duas letras correspondentes ao período. Entendendo qual letra hebraica pode controlar cada força astrológica, podemos nos conectar a esse poder e nos elevar acima do destino com o qual nascemos. Esse é o poder das letras hebraicas: elas nos dão a energia para estarmos no lugar certo, no momento certo e de encontrar a pessoa certa no momento certo.

O principal objetivo do estudo da Cabala não é nos estimular intelectualmente, mas nos dar ferramentas reais para compreendermos o porquê das características que nos motivam, e mais importante, utilizando o acesso que cada letra hebraica pode nos dar, absorver a energia interna necessária para que possamos corrigir os obstáculos que nos perturbam, e remover o caos de nossas vidas.

As letras do alfabeto hebraico são 22 forças energéticas que originaram toda a criação e se manifestam em nosso mundo como formas e vibrações que podemos visualizar e vocalizar. Em combinações diversas, essas letras formam o código genético cósmico, e nos conectam com diferentes tipos de energia.

Essas letras, pela característica de suas formas, ressonância e vibração de seu som, atuam como antenas que estimulam e liberam as formas da mesma energia invisível da criação. Cada letra individualmente representa uma energia específica. Cada som gerado pela vibração da pronúncia da letra representa uma força energética diferente. Além disso, a diferente combinação de letras cria diferentes tipos de energia, da mesma forma que diferentes combinações de notas musicais criam diferentes tons e melodias.

Assim como uma chave, com a qual conseguimos abrir uma porta, a forma específica de uma letra hebraica torna-se uma ferramenta para abrir a porta de nossa alma. Uma das maneiras mais poderosas para que, aqueles que não são versados na pronuncia correta das letras hebraicas, possam captar a energia das letras, é o contato visual, já que os olhos são as janelas da alma.

Nossa alma e as forças contidas nas letras hebraicas são construídas do mesmo material, a Chama da Luz do Criador. Quando nossos olhos captam as formas das letras hebraicas, uma ressonância é criada entre a Luz e a alma. Quando essas duas forças se conectam, pela visualização, meditação ou pronuncia das letras, uma ressonância é criada e a energia é transferida para a alma.

O Criador tem muitas formas diferentes de energia que podemos acessar, denominadas os "72 nomes de Deus". Cada uma dessas energias tem suas próprias características, cada uma delas tem alguma coisa a nos oferecer.

Os nomes de Deus não são na verdade nomes, são 72 combinações de letras hebraicas, que têm o extraordinário poder de superar as leis da natureza. Cada conjunto de letras corresponde à um atributo da divindade, que funciona como um transmissor de energia da Luz divina para o nosso mundo físico. Cada seqüência serve para atrairmos uma energia específica para determinada situação ou necessidade, porém para que possamos fazer o uso adequado dessa poderosa ferramenta, é preciso que tenhamos conhecimento dos seus significados. Se você deseja acessar um dos 72 nomes de Deus, precisa de uma chave específica. As chaves são as 22 letras hebraicas.

CABALA E TAROT

O Tarot Egípcio teria sua origen no livro de Thot e é composto de 78 lâminas: 22 Arcanos Maiores numerados de 1 a 22 (este último simboliza também o zero), e 56 Arcanos menores numerados de 23 a 78. Não existem evidências físicas que comprovem a teoria de que o Tarot tenha se originado no Antigo Egito. Entretanto existem fortes razões para se acreditar que o Tarot, enquanto coleção de imagens místicas, nos remete aos primórdios da civilização do Antigo Egito. O ciclo de lendas sobre a ressurreição de Osíris é a parte mais importante na mitologia egípcia. Foi o ponto central de sua religião por mais de 3 mil anos. O mito da morte de Osíris e de sua ressurreição por meio da magia de Ísis tornou-se a base da fé do povo egípcio, confirmando a crença na vida após a morte. Existe uma grande relação entre o mito de Osíris e as tradições dos Arcanos Maiores. Veja à seguir um breve relato dessa lenda mítica, através das cartas do tarot:

O mundo foi criado por Amon (O Louco-0 ou 22 ) das profundezas escuras de Nut. Seus ensinamentos são transmitidos pelo deus do tempo, Toth (O Mago-01). (A Sacerdotisa-02) é Ísis, esposa-irmã de Osíris. E Hator (A Imperatriz-03) é um outro aspecto de Ísis. O primeiro governante deste mundo recém-criado é Amon-Rá (O Imperador-04) e seu sucessor será Osíris (O Hierofante-05). Os pais e avós dos deuses aparecem na carta (Os Amantes-06). (O Carro-07), mostra Hórus, o filho de Ísis e Osíris. À medida que diminui o poder de Rá, Seckhmet (A Força-08) tenta conduzir seus difusos objetivos de volta à ordem. (O Eremita-09) mostra Osíris em sua jornada para o leste, onde disseminou o conhecimento entre os povos ainda não civilizados. Em (A Roda da Fortuna-10), o deus-criador Khnum está à frente do eterno giro do destino, enquanto Hórus e Set lutam pelo poder. O reinado de Osíris e Ísis foi uma época de justiça e igualdade para todos (A Justiça-11). Por fim, Osíris volta ao Egito, mas entende que é preciso entregar-se, na forma de auto-sacrifício (O Enforcado-12), para poder avançar espiritualmente. Ele permite que seu corpo caia na armadilha do caixão (A Morte-13). Ísis e sua irmã Néftis (A Temperança-14) partem em busca do corpo de Osíris. Set (O Diabo-15) e seu assistente Apófis assumem o governo do Egito, escravizam a população e acorrentam toda a humanidade. Osíris é encontrado, mas seu corpo novamente é raptado por Set que desta vez, corta-o em 14 partes. Manda destruir suas obras, seus templos e destrói totalmente sua imagem (A Torre-16). Ísis (A Estrela-17), novamente sai à procura de seu amado, agora com o auxílio de Toth (A Lua-18), disfarçado num Íbis, o corpo de Osíris é encontrado pela segunda vez. Por meio de magia Hórus (O Sol-19) é concebido e o deus morto atravessa o portão do reino dos mortos para tornar-se seu novo governante. Hórus, a criança, nasce em perfeito equilíbrio. (O Julgamento-20) mostra Osíris ressurgido na forma de Senhor do Mundo das Trevas, Amenti, a terra à oeste, libertando seus súditos de suas amarras. Por fim, o equilíbrio universal é restaurado pela deusa Nut (O Mundo-21).

Cmo podemos verificar, as cartas encaixam-se naturalmente em dois grupos: o primeiro de 0 a 8, apresenta os deuses mais importantes; o seguinte, de 9 a 21, conta a história da morte e da ressurreição de Osíris. Os Arcanos Menores lidam com os fatos cotidianos e as potencialidades do indivíduo. É na verdade a essência da experiência pessoal, o inconsciente individual. Formados por quatro grupos de 14 cartas cada um, os quais correspondem aos naipes no baralho comum : os "paus" correspondem as cartas 23 a 36, as "copas" as cartas 37 a 50, as "espadas" as cartas 51 a 64 e os "ouros" as cartas 65 a 78.

Estes grupos de cartas representam com precisão as quatro estações em sua forma natural, ao longo da nossa vida: A Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno. Existem quatro Princípios que compõe e penetram em todas as coisas, e externamente se manifestam como: Fogo, Água, Ar e Terra e no homem como: Corpo Físico, Emoções, Pensamentos e Vontade.

De acordo com a tradição cabalísta, o autor do Tarot foi o anjo Metratón, chefe da sabedoria da Serpente, o profeta Enoch, do qual nos fala a "Torah". O anjo Metratón ou Enoch nos deixou o Tarot no qual se encerra toda a Sabedoria Divina, que foi escrito em Pedra. Também nos deixou as 22 letras do alfabeto hebraico. Segundo a Cabala, este Grande Mestre vive nos mundos superiores, no mundo de Aziluth, um mundo de felicidade inconcebível, a região de Keter.

Recordai que "Tudo está em Tudo" ou "O que está em cima é igual ao que está em abaixo". Os antigos cabalistas sintetizaram os múltiplos fenômenos em uma só palavra que é o expoente daquilo que chamamos "Deus", esta palavra é Jehova. Em hebraico se escreve (da direita para a esquerda) com quatro letras:

HE - VAU - HE - IOD

A primeira letra "IOD", representa o princípio ativo: Iniciativa. A segunda letra "HE" expressa o princípio passivo: a Inércia. A terceira letra "VAU" representa o princípio do equilíbrio: o neutro. A quarta letra "HE" simboliza a energia latente, o transitivo ou o princípio de manifestação em outro plano, reflexo da primeira letra "IOD". O pai representa a ação Divina no material em forma neutra e os Netos ou a família em conjunto, a ação transitiva.

Nos Arcanos Menores estas forças ou personagens estão representadas pelos arcanos 23,24,25 e 26 do primeiro grupo de 14 cartas, Arcanos 37,38,39 e 40 do segundo grupo, e Arcanos 65,66,67 e 68 do último grupo.

As escolas dos Mistérios Egípcios de Alexandria, exerceram forte influência sobre as culturas antigas, dessa forma não é de se estranhar que o tarot possua elementos da Cabala. O tarot explica também a grande tradição hebraica, a qual está baseada num hieróglifo chamado a "A Árvore da Vida"; dela se extrai a explicação geral dos Arcanos Menores, abrindo imensos campos de importância prática e forma a base filosófica da arte da adivinhação.

Dois aspectos são necessários para realizar algo satisfatório nesse sentido: Intuição e Erudição, as quais se pode sintetizar em uma, ou seja: O Desenvolvimento da Consciência.


AS ORIGENS DA CABALA

A Cabala é uma das correntes místicas do judaísmo que começou a influir na tradição esotérica ocidental à partir do século XVI. O termo Cabala, tem sua origem na palavra hebréia KABBALAH (pronuncia-se Cabalá e significa Tradição), deriva da raiz LEKABEL, que significa literalmente "receber". A Cabala é considerada a Ciência Sagrada dos Números.

A origem da Cabala se perde na noite dos séculos, alí onde se gestou o Universo, no ventre de Maha Kundalini, A Grande Mãe Cósmica. A data exata de sua origem é desconhecida. Consta da tradição mística dos cabalístas, que Deus teria ensinado a Cabala a um gupo seleto de anjos, que teriam ministrado tais ensinamentos à Adão, que os transmitiu à Noé, este teria migrado para o Egito, onde os Hierofantes absorveram esse conhecimento e o introduziram em seus sistemas filosóficos. Moisés teria sido inciado na "Cabala Sagrada" durante o período em que viveu entre os egípcios e, posteriormente teria difundido esse conhecimento entre o Povo Hebreu.

Alguns cabalistas afirmam que, de acordo com as escrituras, o primeiro cabalista, foi Abraão. O Patriarca Hebreu teria recebido diretamente de Deus a revelação dos mais elevados mistérios e maravilhas da criação do universo e da existência humana. Inspirado nessa revelação, elaborou o primeiro trabalho sobre a Cabala, que explica os 32 caminhos da sabedoria utilizados no processo da Criação, o "Sefer Yetzirah" ou o "Livro da Criação". Abraão teria transmitido oralmente aos seus descendentes todo o conhecimento que adquiriu e o método que utilizou para aprender a Cabala e esta tradição seria mantida durante séculos até Moisés.

Sete gerações depois de Abraão, no Monte Sinai, Moisés teria registrado tais "Mistérios" nas "Tábuas da Lei" ou os "Dez Mandamentos". Além disso, teria estabelecido os princípios dessa doutrina sagrada nos quatro primeiros livros da Torah (pronuncia-se Torá): Bereshit (Gênesis), Shemot (Êxodo) Vayicrá (Levítico) e Bamidbar (Números), mas não no Devarim (Deuteronômio). Esses cinco livros (pentateuco) compõem a Torah, que pode ser interpretada em duas dimensões distintas: a exotérica (pública), que nós conhecemos, como o corpo de leis que expressam as vontades de Deus, e a esotérica (secreta), com a compreensão dos segredos da criação. Durante muitos anos, a Cabala ficou restrita a um pequeno grupo de eruditos, que estudavam a Torah de dia e a Cabala após a meia-noite, conforme nos revela o Rei David, no Salmo 119: 62. "À meia noite me levantarei para Te louvar, pelos teus justos juizos".

Outras fontes citam os tratados do Rabino Simen Ben Jochai, que foram compilados por seu filho o Rabino Eleazar. A partir desses escritos, surgiu o "Zohar", ou "O Livro do Esplendor" . O Zohar explica que o desenvolvimento humano ocorre em 6000 anos, durante este tempo as almas seguem um contínuo processo de desenvolvimento, a cada geração. No fim do processo, todas as almas alcançam a posição chamada (Tikun) o fim da correção, o mais alto nível de espiritualidade e completude. Somente no século XIII é que estes textos, complementados por Moisés de Leon, vieram à luz e foram publicados na Espanha por volta de 1285. O "Zohar", o "Sefer Yetzirah" , juntamente com a "Torah", são os mais importantes textos da Cabala.

TEURGIA ou TEOLOGIA?

FUNDAMENTOS BÁSICOS DE TEURGIA

Em seu conceito literal, Teurgia é uma palavra criada pelos neoplatônicos da Escola de Plotino e Amônio Saccas para caracterizar um tipo de magia, em que a produção de fenômenos estava subordinada aos movimentos de expansão da consciência, sendo uma conseqüência indireta das ações da consciência. Por ser um conceito excessivamente sutil, passou para o vernáculo de forma simplificada, como a prática mágica que envolve comunicações com os anjos e os espíritos planetários.

Diferentemente da Teologia, a Teurgia não se baseia em uma contextualização religiosa de fundo histórico e social, e sim numa percepção intrínseca sobre a natureza do Divino, proveniente de místicos de todas as eras. A Tradição iniciatória universal não pode ser considerada uma contextualização histórica, tal como a teologia, visto que sempre existiu em todos os povos e em todas as épocas.

A compreensão humana acerca da natureza do divino só pode ser desenvolvida de forma parcial e através de “aproximações sucessivas” e insights. A mente finita não pode, obviamente, entender o infinito. Pode captá-lo parcialmente através de sua intuição espiritual.

A maior dificuldade para a compreensão do mundo transcendental é o condicionamento antropomórfico profundamente arraigado que temos sobre a Divindade, supondo que Deus seja um homenzarrão sentado em um trono em algum lugar do céu. A sutilização desse conceito conduz à crença de que Deus seja um grande espírito, ou ainda de que é um Ser perfeito, puro, pleno, repleto das mais puras qualidades

O refinamento desse conceito leva ainda mais longe, à conclusão de que Deus não é um Ser, mas uma “seidade”, como afirmam os taoístas da antiga tradição chinesa, a raiz de todo ser e o substrato de toda existência, o mistério magno que permeia toda a realidade. Nessa concepção, seria sujeito, sem objeto, embora possa objetificar-se através do universo manifestado

Esse conceito, a base da filosofia taoísta, parece ser a mais perfeita e avançada aproximação da divindade, para o estágio atual da mente humana. Nessa visão, Deus é amor puro, consciência pura, poder puro, criatividade pura. Não haveria ninguém (nenhum ser) que tenha esses atributos, e nem haveria possibilidade de se aplicarem atributos à divindade. Amor, poder, vontade, sabedoria e criatividade seriam princípios que existiriam por si mesmos, no âmago da manifestação.

Eles existiriam como a “coisa em si” e impregnariam tudo o que existe no universo. Este seria uma manifestação cíclica desses princípios puros, que estão na raiz de toda a existência.
Como esses princípios existem fora do tempo, não tem sentido a pergunta absurda de “quando Deus teve origem e quando começou a criar universos?”. Não se pode aplicar atributos temporais a algo que existe fora do tempo

Este nosso presente universo é apenas um dos infinitos universos que existiram no passado e dos infinitos universos que existirão no futuro. Criar e destruir universos é algo tão inerente à natureza divina como o ato de respirar o é para nós

O universo não é exatamente uma “criação” de Deus. É antes, uma “exteriorização” de sua própria consciência, que se metaboliza continua e ciclicamente, alternando períodos de manifestação e períodos de repouso de igual duração. Em uma intuição simples, podemos concluir que Deus em si mesmo não está no tempo, mas suas manifestações estão no tempo (elas são o próprio espaço/tempo e tudo o que se move no oceano do espaço/tempo).
Há uma frase nos Vedas que afirma “Sarvam Tat Kaluvidam Brahm” (Em verdade tudo isso é Brahm), o que não significa que seja “panteísmo”. O panteísmo é uma doutrina simplória que identifica o Supremo como seus atributos e suas manifestações, e o infinito, com a soma numérica dos finitos. O grande monismo cósmico inerente a todas as grandes tradições espirituais afirma que o aspecto transcendente da divindade paira acima de qualquer manifestação, enquanto o aspecto imanente permeia todas as manifestações.

Dizer que o “Universo é Deus”, ou que “Deus é o Universo” é tão errado quanto supor que Deus criou o Universo e ficou do lado de fora, observando.

A relação entre o transcendente imanifesto e o imanente manifestado é algo de uma complexidade e sutileza , que escapa ao poder do pensamento e da palavra.

Outro ponto essencial na Teurgia é jamais aplicar atributos e qualificativos à divindade suprema. Mesmo os mais elevados atributos trazem complicações e contradições. Se Deus é “bom”, como entender a presença do mal do universo? Se Deus é Onipotente, por que não tem poder para eliminar seus opositores (o mal)? Se Deus é onisciente, por que não sabia que parte de sua obra iria se desviar e que Lúcifer se tornaria um “anjo rebelde”?

Se Deus é onisciente, conheceria o futuro e saberia que todos esses desvios iriam acontecer. Se o sabia por que os fez? E se é onipotente, por que os deixou acontecer? Nunca houve, nem haverá respostas satisfatórias a essas perguntas porque elas são absurdas em seus próprios pressupostos sobre a natureza da Divindade e de suas manifestações. São perguntas formuladas por quem carrega uma visão antropomórfica sobre o Divino e por quem tenta aplicar categorias temporais àquilo que existe fora do tempo.

Na realidade, a harmonia da ordem divina é tão ampla, que é capaz de harmonizar todas as desarmonias aparentes e de simetrizar todas as assimetrias, da mesma forma que a harmonia e a unidade absoluta do oceano pode abranger ondas que se entrechocam em diferentes direções, em aparente conflito. Todas as turbulências e tempestades do mar são entrechoques superficiais, movimentos contingentes de ajustamento cármico entre aspectos ilusoriamente separados de uma coisa única. Esses movimentos, tais como as ondas do mar, não afetam as profundezas calmas e silenciosas, nem afetam a unidade absoluta e a harmonia que reinam no seio do oceano.

Os mitos e alegorias usados para explicar a existência do mal constituem tentativas da mente humana de racionalizar e compreender as contradições e assimetrias existentes no universo.
Essas racionalizações foram feitas no passado e atendiam às mentes simples e primitivas do homem da antiguidade. Estão totalmente defasadas das necessidades do homem moderno e de sua nova visão de mundo

O fundamentalismo religioso de nosso tempo é a última tentativa do homem moderno de restaurar a segurança das antigas crenças e obter a sensação de certeza que elas proporcionavam aos homens primitivos. É uma reação do homem moderno, perplexo diante das contradições e angústias da modernidade, tentando voltar à segurança e aos valores do passado.
Por mais que o fundamentalismo pareça forte e atraia multidões, está condenado a desaparecer, porque só tem olhos para o passado, ainda que forneça algum alento para o desespero e a falta de referência espiritual da modernidade. Não será no passado nem nos dogmas que encontraremos soluções para nossos problemas.

A SOLUÇÃO ESTÁ EM DESCORTINAR O FUTURO, POR MEIO DAS SÍNTESES REINTEGRADORAS DO VERDADEIRO ECUMENISMO, E NA ATIVAÇÃO DO PRINCÍPIO CRÍSTICO ESSENCIAL QUE VIVE NO ÂMAGO DE TODAS AS CRIATURAS.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SIGURD, SÃO JORGE, REI ARTHUR/

SIGURD - O Matador de Dragão

Na Saga dos Volsungos (povos nórdicos), Sigurd é o filho póstumo de Sigmund com sua segunda esposa,. Sigmund morre em batalha quando ataca Odin (sob disfarce), e Odin destrói sua espada. Ao morrer, Sigmund anuncia à Hiordis sua gravidez e a deixa os fragmentos de sua espada para o filho ainda não nascido. Sigurd ganha um cavalo parecido como de Odin (com oito patas). Na luta de Odin contra Loki, que era o dono de Fafnir – o lobo devorador – Sigurd aceita matar Fafnir que se transformara em um dragão para poder proteger melhor o ouro dos Volsungos. Sigurd recebe também uma espada forjada com os fragmentos da espada de Sigmund, que se transforma tão poderosa que quebra a bigorna. Sigurd então mata o dragão Fafnir, e se banha com o sangue do inimigo para ter invulnerabilidade, exceto por um dos ombros, coberto por uma folha. Regin então pede a Sigurd o coração de Fafnir, e Sigmund também bebe um pouco do sangue do dragão, ganhando a habilidade de entender a língua dos pássaros. Os pássaros o alertam para matar Regin, que tramava a morte do jovem. Sigurd cumpre o pedido, mata Regin e consome o coração de Fafnir, recebendo o dom da sabedoria. Existem paralelos desta lenda com outros mitos e lendas europeus. A espada de Sigmund é similar à espada do rei Artur. A história de Sigurd comer o coração do dragão é muito similar à história irlandesa de Fionn Mac Cumhaillcomer o Salmão da Sabedoria que ele prepara para seu mentor, Finn Eces. Sua invulnerabilidade e seu ponto forte segundo o Nibelungenlied são similares aos do herói grego Aquiles, do herói persa Esfandiar e do Rei Duryodhana no épico indiano Mahabharata. Crê-se que a representação mítica de Sigurd foi transformada dentro da tradição cristã, sendo em parte sincretizada na figura de São Jorge.

SÃO JORGE O SANTO GUERREIRO

São Jorge nasceu na Capadócia no ano de 280.O Imperador Diocleciano a mandou degolá-lo a 23 de abril de 303. São Jorge é padroeiro dos soldados, armeiros, escoteiros .No século XIV, foi adotado como santo padroeiro: da Inglaterra, Aragão e Portugal.No candomblé e na umbanda, São Jorge é sincretizado como Ogum e invocado para proteger os fiéis.

ORAÇÃO A SÃO JORGE

Eu andarei vestido e armado, com as armas de São Jorge. Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se quebrem sem ao meu corpo, amarrar.

São Jorge, cavaleiro corajoso, intrépido e vencedor; abre os meus caminhos. ajuda-me a conseguir um bom emprego; fazei com que eu seja bem visto por todos:superiores, colegas e subordinados. Que a paz, o amor e a harmonia estejam sempre presentes no meu coração , no meu lar e no meu serviço; vela por mim e pelos meus , protegendo-nos sempre , abrindo e iluminando os nossos caminhos , ajudando-nos também a transmitirmos paz, amor e harmonia a todos que nos cercam. Amém.

PRECE AO PODEROSO ORIXÁ OGUM

Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundo e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de Ogum, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino. Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho. Ogum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa. Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males. Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de Ogum. Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes. Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.

Ogum Iê Saravá Ogum.

OS SETE PERIODOS DA HUMANIDADE, segundo os Rosacruzes

Período de Saturno, segundo Max Heindel e algumas correntesRosacruzes, foi o primeiro período da criação do mundo, em que a humanidade era composta pelos chamados "Senhores da Mente", também conhecidos como "Principados" ou "Poderes das Trevas", e o homem ainda estava num estado evolutivo mineral, ou seja, sem consciência alguma. Neste período o mundo era escuro, sem forma e quente.

Período Solar, segundo Max Heindel e algumas correntesRosacruzes, período da criação do mundo que sucedeu o Período de Saturno, quando a humanidade era composta pelos arcanjos e os homens de hoje atravessavam um estado de consciência semelhante ao dos vegetais. Neste período teria acontecido o Big Bang, a grande explosão que originou o universo. No Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel relaciona esse período com o segundo dia da Criação, descrito na Bíblia.

Período Lunar, segundo Max Heindel e algumas correntesRosacruzes, período da criação que sucedeu o Período Solar e que precedeu o atual Período Terrestre. Nesta época, o mundo estaria coberto por uma névoa muito densa, e a humanidade seria composta pelos anjos. Os homens de hoje teriam adquirido um estado de consciência pictórica, semelhante ao que hoje são os animais. Na geologia, corresponde aproximadamente ao éonhadeano. No Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel relaciona esse período com o terceiro dia da Criação, descrito na Bíblia.

O grande período Lunar foi utilizado pelas hierarquias construtoras dos sete grandes períodos criacionais para criar para o homem que se manifesta hoje no Período Terrestre (o período Terrestre pode ser entendido como período Marciano também) seu Corpo Astralou corpo onde se manifestam as sensações dos cinco sentidos. Lúcifer e seus Anjos, que haviam caído no Período Solar, trabalhavam no Período Lunar de forma desarmoniosa, seduzindo os Homens-Anjos andrógenos a seguí-lo em sua rebelião. Entre o Período Lunar e o Terrestre se deu a queda de Adão ou humanidade adâmica e, Adão, como indivíduo, tornou-se um Adamah, habitante da Terra, também amaldiçoada e decaida, segundo o Dualista Rosacruz J. van Rijckenborgh em seu livro "A Arqui-Gnosis Egípcia" I.Y.

Período Terrestre, segundo Max Heindel e algumas correntes Rosacruzes, diz-se do período atual da evolução, em que o homem adquiriu a mente e a consciência de vigília. Foi dividido em:

  • Época Polar - recapitulação do Período de Saturno, quando o homem adquiriu o corpo denso.

  • Época Hiperbórea - recapitulação do Período Solar, quando o homem adquiriu o corpo vital.

  • Época Lemúrica - recapitulação do Período Lunar, quando o homem adquiriu o corpo de desejo. Ao final desta época, teve início a divisão da humanidade em civilizações separadas, ou "raças", como Max Heindel chama.

  • Época Atlante - época em que o homem adquiriu a mente, e na qual efetivamente teve início o trabalho do Período Terrestre. Foi a época em que o homem passou a desenvolver a faculdade da astúcia. Durante esta época, sete civilizações passaram pelo mundo, sendo que de uma delas descenderam as civilizações da época seguinte.

  • Época Ária - a atual época, em que o homem adquiriu a faculdade da razão.

  • Nova Galiléia - a próxima época, em que o homem começará a desenvolver suas faculdades que hoje estão em estado latente (tais como telepatia, clarividência, etc.), e na qual as nações deixarão de existir.

Deve se levar em consideração que quando Max Heindel se refere ao "homem" não se refere necessariamente à espécie do Homo sapiens ou a qualquer primata, uma vez que o rosacrucianismo considera que os atuais seres humanos atravessaram todas as fases de evolução, incluindo a fase vegetal e a fase mineral.

Segundo alguns ensinamentos Rosacruz, a primeira quande queda deu-se com Lúcifer e seus Anjos no Período Solar. A segunda queda, deu-se, por influência de Lúcifer e seus Anjos a uma parte da jovem humanidade andrógena Adâmica, entre o Período Lunar e Terrestre. No Eden do Período Terrestre, na Época Hiperbória deu-se a terceira queda e a separação dos sexos, em seguida a quarta com a expulsão do Eden.

Rosacruzes Monista, compreendem, que ainda estamos em involução para entrarmos na evolução após atingirmos o nadir. Já os Rosacruzes da corrente Dualista, desde a queda da humanidade adâmica entre os período Lunar e Terrestre fomos banido do Eden e estamos no Período Terrestre, decaídos, aprisionados e sem condições de "evoluir". Por isso eles dizem "duas ordem de natureza". Uma Divina, outra decaida e antidivina.

Segundo eles, para escaparmos dessa decaídos, só a intervenção do Salvador Jesus Cristo, um Arqui-Anjo filho de Deus que restaura o homem com sua Alma decaída desde o coração. Essa força restauradora, Jesus Cristo, com sete núcleos restauradores, cada um correspondendo aos Sete grandes Períodos são como sete rosas colocadas na encruzilhada entre o Homem decaido e o Soerguedor de Homens, Jesus Crtisto.

Quem percebe, se submete, e realiza este Mistério torna-se um ROSACRUZ, segundo dizem o rosacruz J. van Rijkenborgh e as Escolas de Mistérios de todos os tempos.

Período de Júpiter, segundo Max Heindel e algumas correntesRosacruzes, período futuro da criação que sucederá o Período Terrestre, em que o homem adquirirá um estado de auto-consciência superior à atual consciência de vigília, similar à dosanjos da atualidade, e na qual a humanidade será composta pelos atuais animais.

Período de Vênus, segundo Max Heindel e algumas correntes Rosacruzes, período da criação humana que sucederá ao Período de Júpiter, no qual o homem adquirá um estado de consciência objetiva e criadora, de maneira similar à dos arcanjos da atualidade, e no qual a humanidade será composta pelos atuais vegetais.

Período de Vulcano, segundo Max Heindel e algumas correntesRosacruzes, é o último dos sete períodos da criação, ao final do qual os seres humanos de hoje desenvolverão todas as suas faculdades latentes possíveis, tornando-se como deuses.

domingo, 3 de abril de 2011

ESOTERISMO ou EXOTERISMO?

o termo Esoterismo, origina-se do grego " Esoterikos ", que significa " Interno " Esoterismo é a doutrina que se oculta às pessoas comuns e se revela apenas aos iniciados, em contraposição ao conhecimento exotérico ( externo e público). Transcende à formas e dogmas, e pode, por sua universalidade essencial, conciliar os múltiplos e aparentemente divergentes aspectos da verdade.

Iniciar-se no Esoterismo é adquirir o conhecimento direto da verdade, somente acessível aos moral e intelectualmente preparados, por meio de estudo dos símbolos e alegorias, meditando no seu significado interno, utilizando-se da intuição para a realização das instruções recebidas. Jesus em ( Mat.13:11 e 13. ), nos revela que seus ensinamentos tinham uma parte oculta e outra pública: " ... Porque a vós vos é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é isso dado... Por isso lhes falo em parábolas, porque vendo, não vêem; e ouvindo, não ouvem, nem entendem."

No "Tratado Primeiro" de Roberto de Fluctibus, encontramos os sete ramos principais da tradição esotérica ocidental, são eles : Piramidologia, Quiromancia, Memória, Fisiognomonia, Astrologia, Geomancia e Profecia, base de todas as técnicas adivinhatórias, algumas classificadas como ciências e outras como oráculos. Porém para tornar-se um Mago, não basta memorizar os significados dos sinais, símbolos e alegorias, ter predisposição para a adivinhação e utilizar-se de sua inteligência para predizer o futuro.

Para o iniciado o Tarô , a Geomancia, a Astrologia e outras técnicas das artes adivinhatórias, são apenas ferramentas que utilizará para entrar em contato com o fluxo das energias emanadas pelo consulente, que o orientarão na escolha da Carta, Naipe, etc., afim de obter as respostas. Todo trabalho esotérico, compreende uma série de exercícios ritualísticos, envolvendo Mantras, Mandalas e Orações, com o propósito consciente da busca de forças que o permitirão entrar no espaço esotérico do outro. E orientado pela inteligência e experiência, buscar interpretar os sinais que se manisfestarão através dos símbolos.

Nos sinais estão ocultas as verdades sagradas contra os não iniciados, numa linguagem própria que somente os qualificados, poderão decifra-las e compreende-las. O sinal é a iluminação, o despertar de um sentimento que pode ocorrer através de um símbolo, um gesto, uma lembrança, intuição, idéia, luz. O sinal é o significado do símbolo que permite abrir uma "passagem" através das inúmeras portas dos "Templos" que o Mago irá penetrar.

Para que o Mago obtenha sucesso em suas previsões, leituras, encantamentos, etc. é necessário o consentimento do consulente, uma vez que aquele que penetrar o "Templo" alheio sem permissão, estará agindo contra os princípios éticos que o iniciado jurou respeitar quando de sua iniciação nos mistérios sagrados. E se, mesmo assim, violar este juramento, estará atraindo para sí o "Karma" daquele cujo "espaço esotérico" foi invadido.

"Peça licença ao SENHOR para adentrar neste universo que é a Magia, tire dela o melhor proveito, sem atingir nem magoar ninguém"